Hoje foi mais um daqueles dias: cheio de emoções.
Primeiro, ainda em Cáceres, após lermos todas as mensagens dos amigos, fizemos algumas ligações para as Concessionárias Suzuki em Cáceres e Cuiabá.
Seguindo os conselhos do Fausto, resolvemos tocar, aos "trancos e suspiros", até Cuiabá para que o pessoal da Moto Brasil - concessionária Suzuki da região - desse uma analisada no problema.
As falhas, durante a viagem de 240 kms, pareciam aumentar.
Entramos em Cuiabá dando estouros pelas avenidas. A Dedete mais parecia aqueles Fords - 1924.
Chegando na Moto Brasil, rapidamente, o pessoal (Carlos, Jorge, Saimom e toda a Equipe) matou a história, confirmando o que os motociclistas brasileiros já conhecem bem :
"Mapeamento do Combustível na injeção da Dedete"
Ou seja, a Dedete não estava dando conta da fraca gasolina brasileira e, como consequência, a mistura não era suficiente para a explosão adequada do motor.
Deixamos a Dedete na Moto Brasil para o remapeamento e fomos comer no Shopping da cidade.
Vale também mencionar que quando chegamos à Moto Brasil já havia um recado do Alcione de Goiana, informando que a TV local queria nos entrevistar.
O Alcione nos ligou e passou várias informações da região, inclusive telefones e contatos dos familiares dele aqui.
De volta à concessionária, ouvi de longe um som de motor familiar e comentei com a Paula :
- Acho que a Dedete tá curada.
Dito e feito.
Logo depois, já estávamos dando umas "estilingadas" nas avenidas de Cuiabá, só pra matar a saudade da potência do motor.
Mais uma vez, a mocinha não decepcionou.
Esse foi um dia de agradecimentos e desculpas :
Primeiro, agradecemos, de coração, a todos os amigos que nos apoiaram nesse desafio. Sem vocês, acho que nossa Dedete estaria ainda engasgando por aí.
Queria agradecer, também, à Equipe da Moto Brasil pela cordialidade, atenção e tratamento de urgência.
Depois, duas desculpas :
- À Señora Gasolinera, que eu xinguei muito - Dona do Armazém em Quincemil, vide posts anteriores - achando que seu combustível (abastecido na Dedete com um regador de plantas) tinha danificado algo na mocinha.
- E à própria Dedete, que eu comecei a desconfiar que já não estava dando conta da empreitada.
Minhas sinceras desculpas à duas.
Reconheço que o problema foi, "simplesmente", o pobre combustível brasileiro.
Agora, já descansado, de banho tomado, fico pensando nos lugares onde abasteci a Dedete ao longo dessa viagem : desde postos sofisticados nos EUA, passando por estatais mexicanas, até o armazém da Señora Gasolinera no meio da Cordilheira dos Andes. Todos de qualidade boa o suficiente para que a Dedete pudesse acelerar sem engasgos.
O problema foi acontecer aqui, abastecendo nos conhecidos postos brasileiros.
Mas, como brasileiro teima em não desistir dos seus problemas, aí está a Dedete como prova disso, já adaptada ao nosso "jeitinho" de queimar combustível, rasgando pelas ruas de Cuiabá.
Acho que serve para reflexão.
Equipe Moto Brasil - Olha o Saimom do meu lado direito - sabe tudo de moto grande
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EM TEMPO :
Parece que minhas críticas acima sobre a qualidade do combustível nacional não procedem.
Fiz umas investigações e troquei algumas informações com um amigo, Engenheiro.
O problema apresentado pela Dedete parece que estava simplesmente relacionado à octanagem da gasolina nacional, no caso, menor que a comercializada em outros países.
A octanagem está relacionada à taxa de compressão do combustível no cilindro, antes que este entre em combustão espontânea, sem a centelha da vela - algo indesejado.
Por outro lado, recebi outras informações mencionando que o problema apresentado na Dedete está, sim, relacionado ao "batismo" (misturas não autorizadas) em combustíveis nacionais e não pela simples octanagem mais baixa desses.
Bem, de qualquer forma, deixo aqui esse complemento à mensagem anterior.
Grande Lúcio.
ReplyDeleteQue grande empreitada essa sua, hein? Espero que dê tudo certo até a finalização do projeto, sem mais engasgos por parte da Dedete. Culpa da nossa "cachacinha" batizada.
E, olha, até que você está escrevendo bem. Hehehe. É isso aí, rumo à nove!
Abraços e sucesso.
Ricardo Lima.
Prezados Lucio e Maria Paula!
ReplyDeleteQue satisfação saber que tudo foi resolvido. Tinha certeza que a Dedete não fugiria da raia, ainda mais agora que está chegando ao destino sonhado. Só tomem cuidado com algumas de nossas "rodovias" que costumam ter uns buraquinhos meio indigestos.
Forte abraço! Boa viagem!
Que bom que tudo se resolveu! A nossa gasolina realmente é uma vergonha, além de ser mais cara! Agora curtam o final da viagem! Resolveram se vão passar por Campo Grande?
ReplyDeleteAbraços!
Olá Ricardo,
ReplyDeleteObrigado pelos comentários. Agora, já estamos na reta final.
Abração
Marcelo,
Muito obrigado por todo o apoio na solução do problema com a Dedete. Já estamos de olho nas "rodovias". Precisam melhorar muito.
Olá Márcio,
Estamos em Sonora.
Nossa ideia é passar por Campo Grande amanhã. Como fazemos para contatá-lo ?
Grande abraço.
Lúcio & Maria Paula
Lúcio,
ReplyDeleteDe Sonora até Campo Grande são 300 km. Se saírem cedo, chegarão aqui por volta do meio dia. Vamos almoçar juntos? Vou combinar com alguns amigos para lhes esperar. Entrando na cidade, procurem a Av. Afonso Pena, a principal da cidade. No sentido leste-Oeste, ou centro-bairro, no último posto de gasolina, em frente ao parque das Naçoes Indígenas, é um ponto de encontro de motociclistas. Vou estar lá lhes esperando até às 13 hs, se for o caso. Coloquei o meu celular no meu último post, e podem ligar à cobrar, antes de chegarem, na última parada, pra me avisar, se quiserem (67-8112-6939). Está chovendo um pouco aqui, mas amanhã está prometendo sol. Se quiserem, tbm tenho msn: marcior132@gmail.com. Aguardo vc aqui! Venham com calma, pois esta rodovia (Br163) tem muito caminhão. Mas o asfalto até que está bom... Abçs!