2.7.12

Comentários sobre nosso livro:

"......o melhor e mais emocionante livro de moto-aventura que já lí. Simplesmente, incrível..." - Sérgio Manoel / São Paulo


"Fantástico !!! Que aventura hein ?!"  -  João Felipe Guedes / Curitiba

"......Comecei ler o livro ontem mesmo e o Lucio escreve numa linguagem fácil que da vontade de ler mais, parabéns!. Igualmente para o trabalho de Maria Paula. O que é melhor do que trabalhar no que a gente ama....." - Maria Fernanda e Gonzalo / Rio de Janeiro

"......uma grande aventura, vivida por um casal incrível, registrada com ótimos textos e belíssimas imagens. Basta ler e assistir...para RECOMENDAR......" - Obelix / São Paulo

"......sofri muito junto com vocês na travessia da Transoceânica e emocionei-me no fim com a chegada apoteótica......" - Oswaldo / Ribeirão Preto

"......ontem, terminei a viagem e chorei muito de emoção em diversas passagens, emoção de ver tantos desafios sendo cumpridos todos os dias. Realmente, o trabalho de vocês merece um lugar especial no livro de memórias de minha vida......" - Marco Nishi / São Paulo


"......é uma delícia de ler, sem falar nas dicas técnicas e históricas, além das gastronômicas...
Já estou acabando de devorá-lo, impossível parar de ler!
Obrigada, Lucio e Maria Paula, por esse entretenimento tão bem escrito!....." - Katia / Rio

".....Em menos de dia já estou na metade do livro e super ansioso para ler o resto e ver todo o CD de novo!
Muito bom mesmo! Recomendo!
Comprar o livro do Lúcio não é gasto... Pelas dicas que tem, é verdadeiro investimento!" - Flavio / Porto Alegre

"....No final, tamanha a emoção que seu relato passa, chorei com se estivesse acompanhando in loco a chegada em Ribeirão com vocês. Meus parabéns pelo livro, o indicarei a todos os amigos...." - Policarpo Jr. / RockRiders

"Esse livro do Lucio e Maria Paula é muiiiito bom, recomendo sua leitura. A narrativa é dinâmica e transmite bem as agruras e alegrias vivenciadas pelos dois ao longo da viagem, nos dando a sensação que estamos acompanhando a viagem em tempo integral..." - Paulo / Tocantins

"O Livro só tem um defeito.... se devora rápido, de tão bem escrito, é bom de ler e eu como motocilcista e já me preparando para Noronha-Chile, (embora a moto esteja sempre em Recife) vou vivendo cada palavra..." - Ju Medeiros / Recife


Vocês não imaginam a alegria e satisfação em poder compartilhar a experiência vivida durante essa aventura.
Mais uma vez, só nos resta agradecer todo o carinho e retorno recebidos.
Lúcio & Maria Paula

11.1.10

Os acidentes pelo caminho

Alguns posts abaixo, comentava sobre a Aventura de Annette, do Alaska ao Ushuaia.
Pois bem, alguns dias antes do Natal, fomos informados que Annette sofreu um grave acidente já próxima do Ushuaia.
Estava, pasmem, a somente 200 km do seu destino final.
No momento, segue internada num hospital de Rio Grande - Argentina - com a clavícula e 3 costelas quebradas, além de um dreno no seu pulmão esquerdo.
Sua moto, o Tanque, que "dormiu" algumas noites aqui em casa, virou pó.
O tombo foi tão feio que Annette não se lembra de nada. E não há testemunhas para contar. Foi encontrada desacordada.
Há mais de 1 ano na estrada, superando todos os tipos de desafios, e faltando míseros 200 km para atingir a pontinha das Américas - dá para acreditar ?

Outro grande amigo, Eduardo, americano, em sua 10a. aventura, "relaxou" um pouco enquanto rodava por uma estrada do México e também caiu. Além de pequenas lesões, sua namorada quebrou o punho.
Estão abortando a aventura que, dessa vez, tinha como objetivo explorar destinos pouco conhecidos na Guatemala.
Na palestra que apresentei, no último SALARR - Colorado - conheci 3 motociclistas americanos, já em idade "senior", que, após a aposentadoria, resolveram fazer a "aventura de suas vidas" - cruzar as Américas sobre 2 rodas.
Também tiveram que abortar a aventura na Nicaragua, numa curva da Panamericana. Um deles caiu feio e já está há 2 semanas na UTI com um problema sério na coluna.
Recebi um email, hoje, informando que somente agora ele poderá ser transferido para os EUA.
Como eu sempre dizia à Maria Paula, durante nossa viagem:
"É só errar numa curva e adeus aventura".

Nos 3 casos citados acima, há um fato em comum: todos se acidentaram exatamente num momento em que estavam descontraídos.
Não sei se podemos classificar os acidentes como "descuido". Sinceramente, acho que não.
Mas, a verdade é que na vida temos a mania de nos acostumar com os riscos à nossa volta.
Algo que aparenta ser extremamente perigoso um dia, com o passar do tempo, torna-se "normal" para nós - às vezes nem nos damos conta do real risco existente.

Já tentou, por exemplo, explicar a um norueguês o que é viver numa cidade em meio a "balas perdidas" ?
Eu já. Confesso que não foi uma tarefa simples - até porque o assunto é muito sério. Mas, milhões de pessoas vivem nessas circunstâncias. Nesse caso, são obrigados a se acostumar com a situação de alto risco.

Pois bem.
Uma aventura, assim como toda a nossa vida, está repleta de riscos e surpresas - boas e ruins.
Penso que se tivermos consciência dos riscos existentes e trabalharmos sempre para reduzí-los, teremos uma melhor chance de alcançar os resultados esperados, além de sobrar algum espaço para surpresas boas ao longo do caminho.

Boa sorte aos nossos amigos acidentados.
Espero que não desistam de seus sonhos.

3.11.09

A aventura do vizinho é sempre melhor......

Annette passou por São Paulo, rodou conosco um pouco e seguiu para o Rio de Janeiro, de ônibus, para conhecer a Cidade Maravilhosa.
Por aqui, deixou todos os seus apetrechos, inclusive "O Tanque" - nome "carinhoso" de sua moto 650cc.
Enquanto conversávamos sobre aventuras, me peguei, algumas vezes, dizendo que a aventura "Da Quinta Pra Nove" não foi tão grande quanto a aventura que está fazendo - do Alaska até o Ushuaia.
Annette, por sua vez, dizia que a nossa aventura é que era especial e muito mais complexa de se concluir, pois éramos 2 e cruzamos algumas estradas temidas por aventureiros, e ela permaneceu na "via principal".
Então, me lembrei que sempre recebo emails de amigos aventureiros contando de suas travessias e travessuras, sempre concluindo com o famoso: "claro que minha viagenzinha nem se compara à aventura de vocês".
A famosa história da "galinha do vizinho que é sempre melhor do que a nossa".

Amigos,
Somos nós que definimos, em nossos sonhos, o "tamanho" de nossas aventuras - idéias, projetos, atividades.
Não canso de repetir que, por exemplo, o projeto de uma casa nova pode ser tão emocionante quanto uma volta ao mundo de motocicleta ou balão ou à pé ou sei lá o que.

O importante é sempre buscarmos coisas melhores para nossas vidas.
Aventura é isso.
Quando nos "aventuramos", estamos saindo de nossa zona de conforto em busca de algo positivo, melhor para nós.

Então, vamos deixar de acreditar que a aventura do vizinho é "melhor" que a nossa e passar a valorizar mais nossas iniciativas.
Vamos sempre em busca de novas aventuras por aí, não nos esquecendo, é claro, de uma boa dose de Análise de Risco, Custo X Benefício e um bom Planejamento.
Sem esses exercícios, a aventura torna-se maluquice, besteirada.

Ah.......E já ia me esquecendo do mais importante: tudo isso regado a muita diversão e amor.
Abraços a todos Aventureiros.

25.10.09

Estamos aguardando Annette

Quem é Annette ?
Uma neozelandesa que decidiu encarar as Américas de moto.
Já vi essa história antes.

Annette pegou um avião até o Alaska, comprou uma Kawazaki 650, trail, e vem fazendo seu caminho solo, lentamente, rumo ao Ushuaia.
Detalhe : nunca tinha montado numa moto antes de ter decidido encarar essa aventura.

No momento, está em Foz do Iguaçú, após ter cruzado o Paraguai.
Já estava na estrada rumo a São Paulo quando conheceu uma família que a abrigou numa vila ainda no estado do Paraná.
Quando ficou sabendo que a filha do casal não conhecia as Cataratas do Iguaçú, não teve dúvidas :
colocou a menina na moto e voltou para Foz.
É com esse espírito que Annette está na estrada há mais de 1 ano.

Será um prazer tê-la conosco aqui em casa.
Ela deve chegar em SP lá pela terça-feira (27/10).
Isso se outras novidades não surgirem em seu caminho.

28.9.09

Planejando o inesperado

Recebemos uma mensagem de um amigo nos questionando sobre nosso Planejamento para 2009.
Ele assistiu a uma entrevista concedida pela Maria Paula em Dezembro 2008, quando estava lançando seu livro de fotografias "New York byMP".
Na época, a Maria Paula mencionou que, após o "New York byMP", lançaria um outro livro de fotografias - Portugal byMP - e, só depois, revelaríamos uma grande aventura que estávamos pensando para 2009.
Era o Projeto "Da Quinta Pra Nove" que começava a ser esboçado.

Realmente, ajustamos um pouco nosso planejamento.
À medida que detalhávamos o "Da Quinta Pra Nove", percebemos que seria melhor forcar 100% dos nossos esforços nesse projeto.
Temos um carinho muito especial por Portugal e não seria correto correr para lançar esse livro sem dar a devida atenção a ele.

Ajustar planejamentos ao longo do caminho não deve ser encarado como "erro" ou "derrota", muito menos significar que "planejamentos não servem para nada".
Graças a Deus, a vida é dinâmica e, certamente, seu desenrolar não seguirá qualquer planejamento à risca.
Caso contrário, tenho certeza, a vida se tornaria "um saco".

Uma característica importantíssima de qualquer planejamento é "flexibilidade".
Sempre devemos partir do pressuposto que haverá surpresas ao longo do caminho e que devemos estar preparados para mudanças / ajustes.
Assim, o planejamento sempre nos mostrará para onde, como e quando devemos caminhar.
E, mais importante, sempre refletirá a realidade.

A propósito : O livro "Portugal byMP" não foi e nunca será esquecido.
Com certeza, fará parte de nossas próximas "aventuras".

Quem tiver interesse em conferir a entrevista sobre o livro "New York byMP", clique no link abaixo.

Ou, acesse www.Maria PaulaCrisci.com e procure o sub-menu "Imprensa".

Grande abraço

20.9.09

Por onde anda a Dedete ? - byMP

Como todo estrangeiro que se preze, Dedete saiu para o mundo tupiniquim em busca de diversão.
Isso mesmo. A garota anda desfilando por aí, causando frisson.
Ela, nem de longe, se inibe com diferenças e surpresas que vem encontrando pelas esquinas.
Depois de Ribeirão Preto, sua temporada se estendeu em São Paulo.
No começo, ainda entrava em fila, seguindo sua educação natal.
Não demorou muito para pegar o gosto dos garotões magricelas.
Agora, ela adora lambiscar a fila entre carros parados no trânsito.
E pior, segue no mesmo ritmo acelerado dos praticantes da capital paulista.
Sequer se importa com sua largura que, por causa das malas laterais que ainda carrega, tem o tamanho de umas 3 daquelas outras e, nem por isso, deixa de se espremer.
Ela não está nem aí. Apenas vibra com a sensação de liberdade e, ao que parece, adorou o sabor da travessura.

Ontem, sábado de sol, ela fez um pedido. Quis descer pra Baixada Santista.
Isso porque, durante a semana, parada num sinal, ouviu um boato de que os túneis da Imigrantes são malucos e dão barato.
Pronto. Não precisou de mais nada.
Estava ela lá na garagem, logo cedo, de mochila arrumadinha e pronta para ligar os faróis.
A idéia veio na hora certa. Afinal, estávamos devendo uma visita aos nossos antigos vizinhos e bons amigos que ainda moram por lá.

Por volta do KM 40, a primeira parada. Não era descanso não. A pista é uma seda.
Só encostamos para apreciar parte da represa Guarapiranga, na beira da estrada.
Que lindo !
Por um momento, lembramos do lago Petén Itza, na Guatemala.
O espelho na superfície da água era idêntico.

Seguimos mais um pouco e, de repente, a estrada começou a descer.
Ao lado, avistamos serras e vales.
Uau !! Pareciam até brocolis gigantes ! Muitas árvores grudadinhas, umas nas outras.
E, lá embaixo ...... Que vista linda ! Do alto, via-se alguns caminhos de rio que se misturavam mais a frente com o mar.
Lá de cima, essa água prateada, banhando alguns morros e ilhotas, se misturava ao verde bandeira da vegetação.

Em operação descida e praticamente dentro da mata, aparece à nossa frente uma grande entrada circular com os dizeres: “Bem vindos - Nova Imigrantes”.

Dedete encheu os pulmões e soltou a voz. Acelerou alto e roncou.
Delirou com seu próprio som ampliado no eco do túnel, do Uber-Túnel.
Foram 10 km de pura adrenalina.
Não houve luz no fim do túnel capaz de ofuscar o brilho intenso que partia da bobina de ignição da Dedete.

Mais uma carga de experiência e emoção para nossa querida companheira Dedete.
Mas, convenhamos, ela anda abusando.

Talvez, seja hora de Lúcio e Maria Paula tomarem alguma providência.
A Dupla Aventura bem que podia dar um jeito de controlar o atual espírito de porco – ou seria de cachorro louco ? - que baixou na Dedete.
Não seria a hora de um novo projeto de viagem ?

4.9.09

Foi dada a largada. Lá vem os gringos !!!

Setembro é, tradicionalmente, o mês escolhido pelos motoaventureiros da América do Norte para iniciar suas aventuras rumo ao sul.
São vários aventureiros oriundos dos EUA e Canadá que deixam tudo para trás e saem desbravando a América Latina.

Por que setembro ?
A idéia é tentar fugir do inverno no hemisfério norte, da temporada dos tornados nos EUA, da temporada das chuvas na América Central e pegar o verão na América do Sul.
A partir de Setembro, abre-se uma boa janela conciliando tudo isso.

Particularmente, acredito que o mais importante é conhecer as condições no período escolhido, seja ele qual for, e se preparar para tal.
Foi o que fizemos e, acredito, funcionou bem.

Já estou recebendo vários emails de amigos americanos e canadenses, empolgados, iniciando suas aventuras sobre duas rodas.
Que venham os gringos curtir o lado de baixo do Equador.

Obs:
Vale mencionar que falhei quando não estudei adequadamente a temporada dos tornados, a qual nos causou um sufoco e tanto cruzando o interior dos EUA.

28.8.09

Aventuras Tupiniquins

Estamos impressionados com o alto número de consultas de motoaventureiros do exterior, interessados no Brasil.
Especialmente após nossa participação no SALARR, onde tivemos a oportunidade de conhecer muita gente e expôr nosso trabalho, o número de emails cresceu bastante.

Ficamos felizes por observar o potencial que nosso Brasil tem para explorar o mototurismo.
São tantas opções para todo tipo de gosto.
Desde viagens mais tranquilas por rodovias asfaltadas, até aventuras repletas de adrenalina.
Olha ! Analisando nossa aventura pela América, apesar de termos conhecido lugares fantásticos, não consigo me lembrar de um pais com tanta diversidade como o nosso.

Por outro lado, mais uma vez, nos preocupa a falta de estratégia e projetos para melhorar significativamente a infra-estrutura do turismo brasileiro.

Vamos lá, Brasil !!!
"Menas" bandidagem.
Mais bons projetos.

Ahhh.......claro..........sem se esquecer de muito samba, cerveja e futebol.
Se bem que isso a gente nunca esquece.

12.8.09

Retornando a SP

Retornei hoje do Colorado-EUA, onde tive a oportunidade de palestrar na SALARR - um encontro anual de motociclistas interessados na América Latina.
O evento foi excelente.
Aconteceu numa fazenda situada no meio do Colorado, rodeada por montanhas (as Montanhas Rochosas).
Além de falar sobre o Projeto "Da Quinta Pra Nove", passei várias informações sobre trechos específicos da travessia EUA-Brasil.
A rodovia Transoceânica (Brasil-Perú) foi um tema a parte e muitos se interessaram sobre essa rota.

Também, ficou claro o potencial que o Brasil tem de explorar os diversos tipos de turismo.
Várias pessoas estavam interessadas no Brasil. Porém, sentem falta de fácil acesso às informações.
Acho que isso não é novidade para nós.

Os participantes queriam mesmo era aventura. Então, todos ficaram acampados na fazenda e as apresentações ocorriam diariamente em locais distintos, no meio das montanhas, onde os motociclistas chegavam de moto.
As noites eram reservadas para a fogueira, drinks, churrascos e mais conversa.

A troca de informações e experiências foi fantástica.

Durante o encontro, recebi um convite para participar de mais um evento, em setembro, organizado por um outro grupo de moto-aventureiros. Esse ocorrerá na Califórnia.

4.8.09

Por que Ribeirão Preto ?

Numa entrevista recente, me perguntaram porque escolhemos Ribeirão Preto como local para a chegada da nossa aventura.
Já não é a primeira vez que me perguntam isso.

A resposta é simples :
Ribeirão Preto sempre significou muito, tanto à Maria Paula quanto a mim.
Valorizamos nossas raízes.
Foi em Ribeirão que nascemos, crescemos e nos preparamos para o mundo.
Poderia ter sido outra cidade. Há várias cidades que adoramos e que marcaram nossas vidas.

Foi com muito orgulho que rodamos com a Dedete pela Av. Nove de Julho, concluindo nossa viagem que iniciou-se na Quinta Ave.
Ribeirão Preto sempre esteve e sempre estará em nossos corações.

Em tempo : estou arrumando minhas malas para palestrar essa semana na SALARR que acontece no Colorado-EUA.
Claro que estou levando comigo, além da bandeira do Brasil, uma camiseta de Ribeirão Preto.